Como forma de substituir as senhas e logins
tradicionais, o Google apresentou, em conjunto com a Motorola, soluções para o
futuro, como tatuagens eletrônicas e pílulas de autenticação. Apesar de ainda
estarem longe do público, esses novos métodos vão trazer novos riscos, como
alertam alguns especialistas.
Os cibercriminosos, por exemplo, precisariam
sequestrar pessoas para dar continuidade às suas operações.
“Criminosos vão querer seu corpo e levá-lo a determinado
local para fazer um login sob pressão, o que seria assustador”, afirmou à CSO
Online Mark Risher, diretor executivo da Impermium, que protege sites contra
comprometimento de contas e registros falsificados. Para contornar esse
problema, seria preciso criar uma tecnologia que não permitisse o funcionamento
do mecanismo de autenticação em situações de extremo estresse.
Outro problema, de acordo com o especialista, é a
interferência. Se mais de uma pessoa estiver usando a tecnologia em áreas muito
próximas, o computador poderá ter dificuldades em distinguir a autenticação
correta do restante.
Apesar da conveniência de apenas aproximar uma
tatuagem ou ingerir uma pílula para fazer a autenticação com o próprio corpo,
esses métodos são ainda mais invasivos do que leitores de impressões digitais,
na visão de Eve Maler, analista da Forrester Research.
A especialista acredita que esses métodos de login
têm grande probabilidade de serem rejeitados pelas pessoas. Ela reconhece, no
entanto, que o esforço do Google na pesquisa é válido. “O Google, ao contrário
de outras grandes empresas que também trabalham com autenticação, está fazendo
muitos experimentos, o que eu acho que é bom”, afirmou.
A companhia falou brevemente sobre esses estudos
durante uma conferência do AllThingsD na semana passada. Os projetos são
liderados por Regina Dugan, ex-chefe da DARPA, agência de pesquisas americana.
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